quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crise no setor aéreo


Rio de Janeiro - O governo está acompanhando e avaliando a situação econômica das companhias aéreas no país, pressionadas pelo aumento do preço de combustível e pela redução no valor das passagens. A informação é do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que ontem (09/07) inspecionou as obras de reforma no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão. No dia 26 de junho,  a Gol, uma das maiores empresas do setor, anunciou que iria demitir 2,5 mil funcionários até o fim do ano.
"Nós estamos acompanhando e vamos observar e ver o que precisa ser feito. Estamos conversando e avaliando, mas obviamente não é simples, é uma questão delicada. Não é um problema só no país, é um setor de uma margem [de lucro] muito estreita, de uma rentabilidade muito baixa e com custos crescentes e preço de passagens caindo. Tanto internacionalmente quanto aqui, a vulnerabilidade aumenta", disse Bittencourt.
O ministro explicou que um dos principais problemas do setor aéreo, no Brasil e no exterior, é o aumento no preço do combustível.
"Os custos têm crescido bastante mundialmente. O preço do petróleo subiu muito. Hoje corresponde em algumas companhias a 40% dos custos totais. Existe uma série de custos fixos muito elevados, difíceis de serem estruturados. Mas as companhias aéreas, pelo que nós temos conversado, estão trabalhando com isso, ajustando seus custos à necessidade. Obviamente, temos que observar e ver de que forma o setor se estrutura e se mantém a longo prazo."
Por outro lado, Bittencourt ressaltou o momento favorável da grande procura por passagens aéreas no país, impulsionado pela ascensão econômica da população, o que ajuda ao setor como um todo. "A grande vantagem é que tem aumentado muito a demanda e a ocupação dos aviões tem aumentado também, o que permite às compa nhias aéreas reduzirem seus preços de passagens. Mas obviamente temos que acompanhar, como é obrigação do governo."
O ministro anunciou que as obras de modernização no Galeão receberão R$ 674 milhões até a Copa de 2014, com a reforma dos dois terminais de passageiros e a recuperação dos sistema de pistas e pátios. Os investimentos fazem parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).

Na opinião da ABETAR a crise é o resultado de equivocos na regulação do setor somados a falta de investimentos que têm transferido para o setor privado obrigações que são tipicas dos Governos.

fonte: transporte-seguro.com.br/ABETAR

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